Páginas

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O Consumismo Natalino

Bate o sino não tão pequenino, é hora de abrir as portas... da igreja? Não, das lojas que estão de portas abertas para celebrar o culto do consumo. Onde está o deus menino? Talvez no milagre da multiplicação dos lucros, dos celulares ou qualquer outra coisa que represente a materialização dos desejos não tão santos. O menino deus agora é o marginal que provavelmente não seria bom o suficiente para ganhar presentes do Deus Noel, caso tivesse nascido em nossos tempos. E assim nos deleitamos saciando nossa vontade pelo quase sempre inútil, nos religando com a utopia da sociedade de consumo ao alcance de todos. Louvamos a trindade da Gula, da Luxúria e da Vaidade e, em alguns lapsos, nos lembramos dos que estão fora desse jogo, forçando uma piedade para garantir a salvação de alma. Nos tempos de inconsequência fraternidade é uma utopia anacrônica, salvação é fechar os olhos tentando não enxergar o caos à nossa volta.

Anderson Borges
23/12/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário